sexta-feira, 3 de abril de 2015

Eu não estava lá.



Ninguém pôde ir contigo
Sentir tuas dores.
Muitos dos seus amigos fugiram cheios de pavores.
Aos teus pés somente alguns.
Mas, não eu...
O teu sangue banhou o solo.
Tua pele abriu, rasgou, rompeu.
Contudo, em sua santa face coroada com espinhos estampava-se ainda amor.
Sinto muito Jesus
Por não ter te seguido ao calvário
Por não ter te amparado
Por não ter sido tua companhia no momento de tormento.
Hoje ainda lembro e me arrependo.
Sei, com certeza, no entanto.
Que me olhas benignamente
Por todos os cantos onde vagueio.
E quando a dor me visita Mestre abandonado
Desce mesmo sem meu pedido, dessa cruz infame.
Restaurado no teu esplendor de Cristo rei
Para consolar-me frente aos desencantos
Enxugar-me o pranto
Que na tua hora de fel não enxuguei.

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