sexta-feira, 27 de março de 2015

Mulher chora no casulo da vida.



Chora mulher partida de mil pedaços és revestida.
Nas mascaras que cobrem teu rosto
Apresentam-se embotados os teus desgostos
De mãe, esposa, filha, irmã.

Pranteia tuas aflitivas vidas
Das vivencias tão temidas
Que passastes e passaras ainda.


Temes o soar da hora
Dos que ama irem embora
Da solidão no teu quarto
Da janela fechada para a grande vida.

Pranteia todas as antigas, atuais e prováveis despedidas.
Choras por todos que por ti passaram
Sem lembrar quanto te amaram
Do teu carinho para cada ser sem nunca exigir o ter.

Solta as tuas lagrimas mulher partida
Mulher parida
Mulher rapariga.

As borboletas estão libertas do casulo
Somente suporta do tempo o abuso
Que te tranca... E voaras com elas
Quando os céus para ti abrir a janela.




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