domingo, 21 de setembro de 2014

O tempo.



O tempo não me trouxe só milhões de rugas
De fracas unhas
Fios brancos nos cabelos
Poucos desejos.

Arrastou consigo muitos sonhos
A sensação de ser santo
As alegres tentações
E as fortes emoções.

Deixou cicatrizes profundas
Numa alma nauseabunda.
Criando um ser repulsivo
Asqueroso ente de limo.

Transformou a criança em homem
Velho descrente
Das maravilhas infantis
Dos sonhos juvenis.

Transformou o herói imbatível
Num covarde corruptível
Para se safar da dor
Esquecendo-se de tudo até do amor.

Eis o tempo meu inimigo
Deles todo o mais esquisito
Que corrompeu meu coração
Mas, que ensinou lições.

As quais não quis aprender
Com medo de sofrer
Escolhi a rota mais fácil
O caminho mais rápido.

E me perdi
Perpetuamente
Ausente e demente
Sem a Luz ardente de Deus.


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