domingo, 23 de fevereiro de 2014

Máscara


Ouço tuas gargalhadas espalhafatosas

Teu riso desmembrado do real

O som estridente da tua alegria

Pergunto-me é natural?


Nos teus olhos pupilas alcoólicas

O bafo da cerveja

A secreção bucal da maconha

O que buscas?


No toque dos tambores alucinados

Das músicas que gritam aos teus sentidos primitivos

Do som alto

Indago o que tentas sufocar com tais ruídos?


Fim de festa

Bêbado

Sem rumo

Dormes sob a marquise como criança abandonada.



Não há mais drogas

Nem risos

Nem musicas

Somente tu e tua verdade adormecida.



Perdida entre as festas da carne

Escondida pela falsa alegria

Escondes tão bem tua agonia

De não ser o que querias.

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