quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ode de uma gorda.




Caso tenha perdido algum ou alguns quilos
Não os deixe por aí.
Corro o risco de encontra-los. E aí! Aí de mim!
Tem gente que perde a cintura
Como nunca a tive
Achando uma...
Por favor, me avise.

Já fiz algumas dietas
Algumas torturas infernais
Emagreci um pouquinho
Depois engordei mais e mais.
A dieta da Lua
Deixou-me pálida.
A dieta do abacaxi
Cortou meus lábios e não emagreci.
A dieta da sopa
Tornou-me enjoada e trôpega.
A do tipo sanguíneo
Quase me transforma em vampiro.
A dieta da pirâmide
Não me transformou numa munia. Ah! Isso foi infame.



As ordens são:
Não coma frituras,
Nem carne vermelha,
Nem pão, nem bolo, bolachas.
Jamais manteiga.
Batatas inglesas nem cruas, nem assadas, nem a milanesa.
Chocolate nem morta!
Biscoito recheado isso engorda.
Pizza nem ver,
Bacon o coração pode parar de bater.
Citaria mil males, mil prazeres proibidos.
E mesmo que as taxas não estejam em desequilíbrio,
A ditadura da moda impera.
Determina em todo canto, o encanto da magreza.
Condenando toda a gordura externa,
E a procura da mesma na forma interna.






E entre assaltos a geladeira,
Sustos na balança caseira.
Quando estou só com meus mil botões,
Não existindo ninguém a me dar sermões,
Sobre como é maravilhoso ser magra.
Me pego no espelho mordendo uma coxinha
E digo-me você é feliz gordinha.

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