terça-feira, 30 de abril de 2013

In-rconhecendo


Não, não reconheço essas mãos.

Que alisam delicadamente as letras desses livros.

Parecem-me mãos de anciã,

De xamã,

uma sábia,

Druida,

Uma antiga wicca,

uma pagã!

Eis que não reconheço essas mãos!

Que parecem saídas de uma biblioteca antiga e mágica.

Que se unem a uma mulher também, por mim, desconhecida.

À qual busco desvelar os véus e a mente.

De quem são essas mãos?

Que repentinamente me parecem estranhamente sábias.

E essa mulher que observo constantemente desde quando ainda era menina

Por ventura serei eu?

Ou uma fagulha  divina em retorno à aquele que a observa?


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