quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Almas umbralinas.


 

Almas umbralinas.

Em desespero choram, clamam, agitam-se
As almas umbralinas.
Não há luz para seus olhos,
Não há luz.
Tateiam em breu indescritível,
Em meio a lodo, lamaçal, atoleiro,
Suas vestes, que não são panos, rotas,
Seus rostos já não humanos
Assustam.
Vagueiam perdidas em seus pensamentos,
Outros em sentimentos de tormentos
É o umbral.
O poço.
Onde ainda intentam esconder seus desacertos
E a pleno pulmões berram:
Por que eu Senhor?
Que fiz para merecer esse martírio?
E olvidando, negando, recusando reconhecer seus erros
Seguem em caça de alivio para seus sofrimentos.
Numa busca vã e tormentosa
Sem Deus no coração ou no pensamento.

Um comentário:

Ronperlim disse...

Há momentos que as almas ficam entre o umbral e o poço. Às vezes necessário ficar com as dúvidas e com a lama até que se chegue a calmaria.