quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Lua, Lua, Lua. 3




É teu semblante sereno e branco

Que acalentou e acalenta

Tantos e tantos sonhos.

Soprados ao vento,

Feito prece,

Canto ou encanto.

E tu soberana da noite,

Ciclicamente renovada,

Escutas pacientes minhas lamúrias.

Meus lamentos ensimesmados,

Eu em mim concentrado,

Absorto em minha alma chorosa.

Qual mãe prestativa e presente

Surge sempre quase mesma hora

E eu sei que poderei contar contigo

Contando minhas histórias,

Enquanto fitas, calada e comovida

As minhas chagas.

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