quinta-feira, 17 de maio de 2012

Alma redimida.



Alma redimida.

Do seio Divino parti.

Sem dores, sem sentido, sem percepção.

Desci a matéria bruta

Sem nenhuma noção.

Rolei entre as pedras, os seixo, os diamantes e cristais.

Sentir o corpo de folhas e caules, frutos e flores.

Fui trigo e milharal.

Ofereci-me em holocausto.

A fome de outros.

Voei como louva-deus, como borboleta e besouros.

Corri nas pradarias sobre quatro patas.

Tornei-me homem.

Respirei a consciência.

Desenvolvi-a em caminhos tortos.

Morri centenas de vezes.

Desci a mansão dos mortos.

Nasci.

Sofri de novo.

O umbral estava a minha espreita.

O mal era o meu caminho.

Cada vez mais profundo.

Até o abismo.

Perdi formas.

Chorei e implorei.

Voltei à carne milhões de vezes.

Tornei-me homem.

Venci a mim mesmo.

Renasci como anjo.

Um comentário:

Nyce Pinto. disse...

Mallika, quando tenho tempo leio de uma vez vários poemas...profundos! Inspirados? Psicográfia? Intuitivos? Lindos! Verdadeiros! um grande abraço amiga! Muita luz!