quarta-feira, 7 de março de 2012

Parece.



  
Pareço seguir só

Em meus martírios,

Em minhas aflições.

Não ouço mais a voz amiga

Que embalava minha tristeza,

E adormecia minha dor.

Onde a desmereci?

Não sei...

Parece que todos os que me amavam

Foram tragados pela vida,

Apagados da minha história,

Afugentados da minha presença.

Sinto-me só.

Sem amor.

Sem carinho.

Sem apoio.

Lágrimas escorrem dos cantos dos meus olhos.

Percorrem os sulcos do meu rosto.

Avermelham minha face.

Eu choro.

E fecho ainda mais meu coração.

Tão abatido e tão maltratado.

Tão alvejado pelo desamor.

Sigo...

E nesse instante de desabafo

Uma luz de prata se posta ao meu lado.

Quem sabe um anjo,

Meu anjo e guia a dizer-me:

Estou aqui...

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