Escolhi.
Escolhi a solidão.
Pois, a companhia deixava-me mais só.
Escolhi a estrada vazia.
As vias cheias de passos e pés me atordoavam.
Escolhi o silêncio.
Enquanto o barulho confundia-me o pensar.
Escolhi ser só.
Mesmo quando queriam minha companhia.
Mesmo quando me convidavam.
Ia só quando de mim precisavam.
Fiz-me sombra.
Sobra e pó.
Que poderia ser soprado a qualquer instante.
E pousar em outro lugar.
Escolhi ser eu.
Nos olhos escuros e sombrios.
No riso falso da alegria.
Nas palavras em que se confia.
No que sempre está lá.
Disponível a ajudar.
A acalentar.
A ser amigo.
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