sábado, 18 de fevereiro de 2012

Escolhi

Escolhi.

Escolhi a solidão.

Pois, a companhia deixava-me mais só.

Escolhi a estrada vazia.

As vias cheias de passos e pés me atordoavam.

Escolhi o silêncio.

Enquanto o barulho confundia-me o pensar.

Escolhi ser só.

Mesmo quando queriam minha companhia.

Mesmo quando me convidavam.

Ia só quando de mim precisavam.

Fiz-me sombra.

Sobra e pó.

Que poderia ser soprado a qualquer instante.

E pousar em outro lugar.

Escolhi ser eu.

Nos olhos escuros e sombrios.

No riso falso da alegria.

Nas palavras em que se confia.

No que sempre está lá.

Disponível a ajudar.

A acalentar.

A ser amigo.



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