sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Amada flor.


Amada flor que fenece

Entre outras tantas te recebi.

Fosses acolhida, aceitas, amparada.

E agora te vais.

Tua cor desbota.

A maciez da tua pele te abandona.

A vida te foge pelos dedos.

Eu te ponho no colo.

E não choro.

Tu também não.

Uno teu coração ao meu, o mesmo som.

Ainda posso te tocar, te sentir, até que vás.

Ainda tem calor teu corpo.

Mas, teus olhos esmorecem.

Teu sorriso é triste

Como o sorriso de quem parte.

Aperto-a ainda mais.

Teu corpo fragilizado.

E recordo de todos bons momentos.

Sabendo o quão foram preciosos e únicos.

Fecho os olhos

Tu também

Eu ainda os abrirei

Mas, tu dormirás eternamente.

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