Quem sabe ser um anjo possa ser uma opção.
Certo, um anjo sem asas, sem vôos, mas um anjo.
Um anjo comum.
Desses que a gente esbarra na esquina.
E nem sabe que é um anjo.
Um anjo com defeitos.
Não de fábrica.
Mas, de uso.
Contudo ainda um anjo.
Um anjo com rugas, cabelos brancos, dentes amarelados pelos tempos.
Porém um anjo.
Para quem ele estende a mão.
Para quem ele ajuda.
Para quem ele ampara.
Para quem ele escuta.
Para quem ele cede o ombro ao choro.
Para quem ele alimenta.
Para o solitário que ele visita.
Para quem dele recebe o remédio.
Para quem dele recebe seu amor.
Um anjo.
Um anjo torto.
Que ao olhar a tantos.
Enche-se de pranto.
E pede socorro ao seu próprio anjo.
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