segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Apeteça.

Não é que a morte me apeteça.
Mas, é um mistério que atrai.
Para onde todos um dia vão.
Caminhamos todos na mesma direção.

Ela que nos espera no momento certo.
Pode estar agora bem perto.
E nem sentimos o vago bafo da sua boca.
E continuamos a vidinha à toa.

Não é que a morte me apeteça.
Mas, me chama a atenção sua ação.
Rápida e inesperada como um tufão.
Destruidora como um furacão.

Com sua ceifa corta caules novos e velhos.
Não importa quem seja ou o que for.
Ela não se engana ao quebrar os elos.
E sei que um dia também vou.

Não é que a morte me apeteça.
Principalmente na dor que trás.
Mas, o enigma quero que se esclareça.
Para partir sem temor ou dor.

Desapegado do que deixar.
Seja os bens, os sonhos, os amores.
Entrar na luz sem demorar.
E o no mundo espiritual adentrar.


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