quinta-feira, 28 de julho de 2011

Frescor matinal.


Quem me dera o frescor matinal.
Nas faces ressequidas pelo Sol.
Marcadas pelo tempo.

Quem dera o frescor matinal.
Nas meninas dos olhos.
Sufocada pela poeira da vida.

Quem me dera o frescor matinal.
Nos ossos alquebrados.
Pelas lutas no labor diário.

Quem me dera o fresco matinal.
Na mente e na memória.
Falhas pelo cansaço do pensar nos problemas.

Quem me dera o frescor matinal.
Para sentar-me a areia do mar.
E construir castelos de areias.

Como os construir a vida inteira.
Até que a realidade nua e crua
Como a marola espumante os destruiu.

E não restaram castelos.
Nem sonhos.
Nem frescor da manhã.

Só esperança.
Na morte.
Que faz renasce.

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