sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Praga.

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como uma praga.

Que se espalhou e se espalha.

Por entre as frestas das casas.

Sob as portas.

Nas pequenas aberturas das janelas.

Nas escolas.

Nas aulas.

No recreio.

Nos jogos.

No futebol.

Na natação.

No trânsito que não anda.

No guarda que apita irritado.

No motorista que para contrariado.

Na senhora que atravessa a rua no sinal vermelho para pedestres.

No padre que não vai encomendar o corpo no cemitério.

No pai de santo que não cumpre a contento sua obrigação.

No exu que não entrega sua mensagem.

No anjo que adormece de tédio.

No demônio que vê sua tarefa cumprida.

No presidiário que vê suas esperanças perdidas.

No jovem que se entope de drogas.

Na mãe que trucida o filho recém nascido.

No filho que mata o pai por alguns trocados.

No velho abandonado à rua pelos filhos.

No parente esquecido eternamente no hospital.

No louco solto pelas ruas sem tratamento do estado.

No político corrupto e mau caráter.

Na jovem quem vende o corpo e a vida por uma situação financeira melhor.

Na criança que rouba e mata por uma lata de cola.

Na cola que é vendida por um adulto a criança.

Na compra de um DVD pirata.

No uso de criança para sexo.

No médico que não atende decentemente o doente.

No professor que não dá sua aula.

No aluno que não se interessa.

No funcionário que não cumpre seu dever.

É...

É uma praga.

De se fazer tudo em parte, em pedaços, mau feito.

Em crimes, em roubos, em enganos.

Em busca de uma vida de prazeres.

No levar vantagem em tudo.

No jeitinho sem escrúpulos.

Esquecemos o fim do corpo um dia.

Onde então serão pesados todos nossos atos.

E para nossa agonia.

Seremos empestados das pragas que criamos:

Crimes, violência, preguiça, dor, enganos, desamor, solidão e abandono.

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