segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Plenitude.

De onde vens? Para aonde vais?

Vejo em teu rosto tantas marcas.

Que sorriso é esse que impera eterno em teu rosto?

Pois, se te vejo em condições tão miseráveis,

Não tens segue um calçado.

Tua roupa é rota.

Teus cabelos desgrenhados.

Tuas unhas escuras de terra.

De onde vens? Para onde vais?

Possivelmente hoje ou quem sabe até ontem não comestes.

O que te faz tão feliz?

Por que sorris?

Se não tem uma casa para voltar.

Um lar.

Uma cama para descansar o corpo.

Que ventura viveste nessa terra.

Que alegrias tantas tivesses.

Que mesmo na decadência sorris?

Qual boa ventura te abraçou a mocidade.

Que ainda te preenche o coração.

Quantos amores?

Quantos amigos te fizeram a vida cheia de ventura?

Quanta riqueza tivesse nas mãos?

E teu corpo foi revestido de seda ou linho?

É isso que te traz o riso no rosto?

As lembranças?

Mesmo quando hoje já não tens mais nada.

Ou tens algo que nos esconde?

Talvez uma alma saciada pela vida.

E que entregue os sonhos a Deus esteja plena.

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