domingo, 26 de setembro de 2010

Abandona-me.


Solidão...



Por que não me abandonas?



Pois quase me abandonou a esperança.





Ah! Solidão.



Por que insiste em ficar comigo.



Se de ti persisto em fugir.





Sei quão é difícil te escapar.



Pois mora fundo em meu olhar.



Que nada vê se não a ti.





Abandona-me solidão eu te peço.



Deixa-me ver a vida com outro olhar.



Olhar de esperança lançado ao ar.





Sorriso de criança a brincar.



Amor primeiro que se dá.



Paixão pela vida a alma entrelaçar.





Vai solidão se despede.



E me deixa a vida mais leve.



Meu coração em novo ritmo pulsar.





Leva contigo teus amigos:



A decepção, o amor, o castigo.



De ter te deixado minha alma habitar.





Crer solidão que eu consiga um dia te abandonar?



Mas, crês.



Pois, decidi caminhar em busca de Luz espetacular.





Do maior irmão que há de me abraçar.



Secar minhas lágrimas, minha vida adoçar.



Se quiseres vens comigo, solidão.





E terás nas palavras desse meigo irmão.



O meu e o teu consolo.



Ele o rei sem reino na Terra.





Chagado nas mãos.



Coração em chamas.



Coroado de espinhos.







Curará nossas feridas.



E a luz que dele emana.



Fará brilhar a tua e a minha

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