sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não se perca...

Não se perca amada irmã.

Não se perca...

Nada vale tua alma.

Não se perca...

Sei quantos sofres.

Ou imagino...

Contudo não se perca.

Em desatino.

As dores são atrozes.

As marcas profundas.

E daí?

Se a vida sempre continua.

Que adianta desistir?

Não se perca...

Não tire o que te é maior presente.

Mesmo que estejas só ou doente.

Mesmo na miséria.

Ou na agonia.

Não se perca amada irmã.

Não se perca.

Que adianta a morte apressar?

Se após ela, mais viva estarás?

Tu bem sabes o que te espera.

A repetição incontável do teu ato.

A mesma dor mil vezes mil.

É um futuro vil.

Não percas tua alma irmã amada.

Há sempre uma saída, uma nova estrada.

Acalma tua revolta.

Olha ao lado e ver quantos te amam.

Reparte o que te fere.

Crês que saíra vencedora.

Frente ao destino que te leva.

No roldão do tempo.

Ouve-me amada irmã.

Não te desespera.

Pois, amanhã que sabe...

Tudo acaba.

E essa dor incomensurável do presente.

Seja só uma lembrança que desejas esquecer.

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