quarta-feira, 21 de julho de 2010

Passagem.


Liberta alma das grades que a ungia.

Aberta a porta da carne que a prendia.

Encontra-se entorpecida.

Até que retorne a consciência.

Precisa o guia paciência.

Enxerga a alma sua nova morada.

O mundo das almas a abraça.

E ela sabe: morri!

E pela tela da sua mente.

Triste ou contente.

Rever sua vida.

De trás para frente.

Sua velhice se conseguiu ser anciã.

A maturidade, a juventude, a infância.

Até ser feto em ventre materno.

Avalia seus feitos e defeitos.

E chora ou ri...

Se possível abraça os que ficam em pranto.

Despede-se de todos com saudade.

E volitando com seu guia.

Parte para a grande viagem

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