quinta-feira, 17 de junho de 2010

Três tempos.


Três tempos.

Minhas memórias me enlouquecem.

Essas tantas e incontáveis lembranças que me desnorteiam.

Como agulhas em meu seio,

Livros lidos, relidos, usados,

Gastos pelo uso, pelo tempo, quase pó,

Mas, não abandonados.

Recordações que me dizem de onde vim,

O que passei, sentir, sofri.

Só não apontam agora aonde ir.

Viver no passado inglório,

Assistir o futuro chegando,

Sem conseguir quebrar amarras de velhos sonhos.

Tortura de quem não vive

Mas, que um dia viveu.

Preso ao passado ou a futuro

Do presente, seu único tempo, esqueceu.

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