domingo, 14 de março de 2010

Á janela.


Sempre pareço estar à janela.

Vendo passar a vida.

Passando por ela.

As cortinas que balançam com o vento

Que deveriam apagar minhas pegadas

Que não existem.

Estou à janela olhando o tempo.

O tempo que passa e me consome

O tempo que me resta e me corrompe.

Estou à janela.

Esperando por algo que não sei

Que não espero

Que aconteça o que desejo.

Desejo que não tenho.

Pois, vivo à janela

À janela da vida

Não atravessei a porta

Não vivi, não vivo, não viverei.

Fico só a janela.

Nenhum comentário: