terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sei e não sei



Do que sei e não sei.

De amor
De almas gêmeas
Criaturas afins
Irmão d’alma.

Não sei
Não conheço
Não compreendo.

De caridade
De bondade
De honestidade
De hombridade.

Não sei
Não conheço
Não compreendo.

Do céu
Do éden
Das colônias espirituais
Do paraíso.


Não sei
Não conheço
Não compreendo.

Pergunte-me da terra
Do dia-a-dia
Da sobrevivência
Do trabalho árduo.

Desse sei
Desse conheço
Desse compreendo.

Inquira-me do medo
Pergunte-me sobre a solidão
Perquira da tristeza
Indague da morte.

Desse sei
Dessa conheço
Dessa compreendo.

Sei um pouco sobre os seres
Aqueles que se dizem humanos
Mas, quanto aos deuses, aos anjos, santos e arcanjos
Nada sei, nada digo, nada informo, nada conheço.

Nunca os vi
Nunca os ouvi
Nunca os encontrei
Nunca com eles me deparei

Nos bares de esquinas
Nos prostíbulos,
Nos jogos de azar
Enfim, na vida.

E vivo
Caso eles vivam
Caso eles não vivam.

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