quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Morreu?


Passa o préstito fúnebre

Pelas ruas ainda quase escuras

De cor azul celeste

A cama que acolhe

Anuncia a morte de um anjo

Coberto de lágrimas

Acompanhados por adultos em choque

Pela revolta de quem na terra vive

Pela loucura da mãe

Pela dor do pai.

E atrás desse lúgubre cortejo

Dezenas de crianças

Lindas e perfeitas.

Outros anjos.

Fazem algazarra de felicidade.

Pelo retorno da irmã querida.

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