segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A senhora

A senhora

_ Não a conheço senhora.

_ Claro que sim querida.

_ Por que me chama de querida se nunca a vi. Só agora.

_ Mas, eu te vi crescer.

_ Como se nunca a percebi nada me lembro da senhora?

_ Eu sempre estive aqui.

E apontou para o centro do meu coração.

_ como assim?

_ Junto com o tempo. Fui me formando.
Em cada sorriso, que marcava os cantos de tua boca.
Quando então fechava os olhos e surgiam as pequenas rugas ao seu redor.
Quando o Sol queimava tua pele e te manchava a curtis.
Ou franzias o cenho a não ser ouvida.
Dentro de cada célula que não se renova como antigamente.
E vieram os cabelos brancos.
O amarelar dos dentes.
O andar mais lerdo.
As “dores nos osso”
A visão curta.
O cansaço com mais facilidade.
E aos pouco me instalei e você não notou que chequei.
_ Oh! Quanto perdi!
_ E quanto ganhastes. Em sabedoria, em lembranças, em vida vivida, em ganhos, em hoje ajudar mais que ontem.
_ Mas, não será sempre assim. Um dia ficarei decrépita e imprestável.
_ Então, teu Pai, que tudo sabe e vê, justiça perfeita de fará descansar em seus braços e renovará todo o seu ser. Concedendo-te uma nova vida.

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