Não a divido contigo
A edifiquei durante muito tempo
Investi meus pensamentos
Os mais mórbidos, os mais tristes
Guardei-a como tesouro
Em poço profundo do eu
Nas brunas dos meus pensamentos
No lodo da minha saliva
Nos recantos escuros do cérebro
Criei-a como uma criança
Alimentei-a todos os dias
De mais dor, de desgosto e agonia
E ela cresceu
Como uma parasita
Preenchendo cada ato meu
Envenenando meu coração
Nublando-me a razão
E agora queres que divida contigo?
Não irmão!
Sou louco, insano, pneu
Contudo o mal não me corrompeu por completo.
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