sábado, 3 de janeiro de 2009

Portal.

Nessa noite escura

Onde perdi minha alma

Pelo mal que deixei me corroer

Pela violência que cometi

Recebo as trevas densas

Que me povoam.

Recebo-as cortantes e frias.

Gemidos dos que são iguais

Dores dos tolos animais racionais

Quais sombras errantes, perdidas,

Acolhe-me como irmão.

Mais um dementado

Que por medo

Covardia

Desespero

Deu fim à própria vida.

Agora na porta umbralina

Onde a luz não penetra

Onde a dor não dá tréguas

Onde não há descanso

Vejo os anjos de minha vida

Meus pais, meus filhos, meus irmãos.

Mas, a vergonha de tê-los abandonado,

É tão forte tão ferrenha.

Que fecho os olhos, engulo lágrimas.

Aceitando minha sina.

Criada pelas minhas mãos

Que despedaçou tantas almas e corações.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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