sábado, 29 de novembro de 2008

Temor.

Temor.

Temo por mim, por ti, por nós.

Temo a escuridão da rua.

O dobrar a esquina.

O irmão que vem ao nosso encontro.

Temo parar no trânsito.

Atravessar a rua.

Ir ao centro comercial.

Assistir a um filme num cinema especial.

Temo a escola

O aluno armado

O professor dementado.

Temo o pedinte

O catador de lixo

O carteiro

O lixeiro.

Temo a todos que não conheço

Temo até a quem conheço.

Temo as medidas políticas

Temo a esmola que não plenifica o homem

Que não o torna mais digno

Confiante em si

Honesto.

Temo o que diz não ter Deus

Que escarnece Jesus

Que não busca um mestre espiritual

Que vive nas sombras do mal.

Temo aquele que foi liberto

Para visitar a mãe

E mata para roubar.

Temo, o meu temor.

Que estremece minha alma.

Não pela morte.

Mas, pela dor.

(visite:
Poemas e Encantos II )






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