quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Despedida ao Nogueira.

Despedida.

Ontem fui despedi-me de um senhor que havia muito trabalhava no centro Kardecista que freqüento.

Do descobrir do mal que assolava silenciosamente seu corpo até o suspiro último, não me pareceu muito tempo.

Sua esposa, pequena senhora ativa e perspicaz, era um ser ferido, talvez fatalmente.

Não parecia dar-se conta que aquele era o último adeus.

Que já não encontraria mais seu companheiro de vida quando retornasse a casa.

Que sua cama estaria agora metade cheia metade vazia.

Assim, como sua vida.

Que foi dividida por mais de cinqüenta anos.

Trêmula, nervosa, ansiosa, cansada apoiava-se nos filhos e amigos.

Lágrimas corriam no seu rosto.

Não houve gritos ou lamurias.

Nem tão pouco desmaio.

Só uma saudade sentida, profunda de um adeus mesmo que temporário.

Mas, que imprime na alma a dor de se ter ido mais um do nosso tempo, um trabalhador incansável, um pai responsável, um bom amigo.

Que sempre no enviava beijos no coração.

29/10/2008.



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