quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Desencarne

Desencarne


Algo belo acontece no momento.

O corpo resplandece

Em branco puro imaculado.

Formas brilhantes ao redor

Esperam pacientes

O momento exato.

A alma se debate desnorteada.

Amigos e parentes a espreita.

Um a um os cordões são cortados.

Como o faziam as parcas.

Até que o último liberta o prisioneiro.

E ele calmo ou estarrecido vê-se em dois.

Um vivo.

Outro morto.

Não percebe a situação de imediato.

Alma justa caí em sono reparador.

Alma devedora enfrenta os que lhe cobram justiça.

A colheita está sendo realizada.


O anjo bom já não pode interferir.

Apieda-se da alma arrastada pelos irmãos ignorantes para o reino das sombras.

Jubilasse com o pupilo que acende tênue luz.

E juntos ascende às colônias de amparo e amor.

(visite:
Poemas e Encantos II )

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