terça-feira, 21 de agosto de 2007

Tantos.


Tantos seres solitários.

Que vivem em busca de companhia.

Que simulam felicidade tardia.

Que pensam ter encontrado no outro simpatia.

Tantos homens amargurados.

Mulheres solitárias.

Jovens desesperados.

Crianças abandonadas.

Velhos esquecidos.

Não há mãos que os atenue a queda.

Nem lábios que os beije a face flácida.

Somente a solidão os acompanha, sem falar, sem pedir nada.

Que angústia bate em nesses corações, que dor, que sofrimento.

Por que o vazio e o lamento?

Encontrarão no homem o fim dos seus tormentos?

O homem é passageiro, breve como o outono, que se esvai em folhas mortas.

Onde podem conseguir abrigo em suas provas?


Saíam do mundo que os rodeiam.

Entreguem-se ao abismo de suas almas.

E lá no fim do profundo precipício, espanto, luz de alvorada.

Repousa certa da sua chegada.

A luz sublime que os acalmarão.

Que os relembrarão da sua essência divina.

Da promessa de vida farta.

Da Luz do Mundo que por aqui estava.

E em prantos e serenidade a dor se esvairá.

E preenchidos pelo amor e bondade do Mestre amado.

Serão então transformado em seres plenos e abençoados.

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