segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Pai perdoa...


Minha eterna lamúria.

Minhas constantes reclamações.

Meus julgamentos alheios.

Meus erros grotescos.

Minha língua maldosa.

Minha boca gulosa.

Minha vida improdutiva.

Minha dor que não cessa.


Perdoas...

Pois tenho tantas dádivas.

Amigos, parentes, companheiros.

Um lar, um teto, o abrigo.

Alimento, remédio e auxilio.

Um corpo que minha alma embala.

Mãos, pés, olhos, ouvidos que trabalham.

Em sintonia e harmonia precisas.


Perdoas...

A minha ignorância.

Que em meio a tanta graças.

Ainda me queixo, reclamo e azucrino.

A Ti por nada.

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