quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Divisão.


No silêncio da noite, na escuridão do meu quarto.
Reflito no meu dia.
Revejo o que fiz e o que faço.

Saltam-me aos olhos minhas ações.
Impensadas e corriqueiras que como ácido ferem.
Aos que estão próximos da minha fala ferina.

Meus atos não correspondem aos meus desejos.
Não consigo ajudar como poderia.
Ou mesmo como deveria.

Minhas mãos estancam por medo.
E minhas palavras param ao meio.
Pelo receio da incompreensão.

E nessa escuridão enquanto dorme o companheiro.
Lagrimas rolam livres pelo meu rosto.
Sinto a dor de ser o que não quero e minha alma protesta.

Fecho os olhos e busco em mim a porta que me leva a Ti.
Peço ajuda aos que já foram em formas iluminadas.
Para que me ajudem nessa estada, nessa vida.

E que possa sem demora, atender minha alma que clama.
E fazer o bem sem receio, sem ficar dividida ao meio.
Sem gentil, amável, justa e caridosa.

E sem medo, vergonha ou qualquer outro fato.
Poder seguir simplesmente com meus atos.
O que me ensinou Jesus mestre o amado.

2 comentários:

Mabi disse...

Vejo-me refletida em tuas reflexões... :)

Tb trago em minha alma este desejo imperativo de promover de uma vez por todas a reforma inadiável, onde o Bem deve reinar soberano, sem embargos das humanas paixões...

Espero que este sentimento nobre não nos aproxime de outro, menos produtivo, a culpa. Jesus pediu que o seguíssemos como irmão bem amado e afirmou que existem muitas moradas em casa de Nosso Pai.

Que tenhamos pressa em encontrá-lo, porém, sem martírios desnecessários...

Abraço afetuoso!

Mallika disse...

Com certeza o sentimento de culpa que estagna a ação renovadora é espinho no peito que deve ser retirado sem delongas.
Estamos num mesmo denominador.
Abraço fraterno.