domingo, 22 de julho de 2007

Fado


Fado.

Qual fado levado pelas vidas
Sinto no peito o peso dos meus pecados.
Distantes dos que magoei com meus erros
Sofro sem poder endireitá-los.

Vivo assim, amargurado.
Triste e acabrunhado.
Entre os mundos errantes.
Por falta de coragem.

Não desejo enfrentar minhas provas.
E pela simples misericórdia,
Não o forçam meus confrades.
A enfrentar as dificuldades.

Talvez não esteja pronto nessa hora
Quem sabe mais tarde,
O tempo passa.
E eu assuma a roupagem da romagem.

Peregrinação nessa terra onde expiam
Em provas e romarias
Companheiros de tantas vidas.
Amigos de patifarias.

Baixo os olhos em súplica muda.
Envergonho-me das minhas atitudes.
Primeiro passo para a solicitude.
Para enfrentar o que aí me espera.

Lembro dos algozes, das torturas do Amado.
Mestre Jesus, nazareno idolatrado.
Que sem nenhum deslize sofreu tanto.
E eu com tão pouco, fujo de medo dos meus prantos.

Tomo coragem e peço aos meus mentores
Um corpo novo, uma vida, uma oportunidade.
De entre, angústias, choros, e misérias.
Resgate assim minhas dividas de maldades.

E renovado em atitudes e pensamentos.
Possa retornar ao lar de acolhimento.
Entre as estrelas adornadas de luz.
Para os braços do irmão Jesus.

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