terça-feira, 31 de julho de 2007

Doas.


Doas.

Segues o Mestre e doas:

O pão a quem tem fome.

A roupa a quem se cobre de trapos.

O teto a quem esta em desabrigo.

A palavra amiga aos que estão solitários.

Teus préstimos aos que não se podem locomover sozinhos.

Teus risos aos que estão tristes.

Teu tempo aos que estão presos ao leito.

Tua boa vontade aos renitentes no mal.

Teus abraços aos que nunca receberam carinho.

Doa tua vida como crescimento.

Em ti mesmo de bons sentimentos.

Purificadores da alma.

Iluminadores do espírito.

Esquecimento


Alma em doloroso resgate que por essas paisagens jornadeia.
Entre dores e padecimentos, se sentido sozinha e abandonada.

Procuras em vão um amigo, um auxílio, uma ajuda.
Parece que todo alivio, foi-te negado, sem brandura.

Indagas, indignada a causa de tantas dores.
E triste e acabrunhada não atenta à razão de teus horrores.

Se te abrirem as portas do passado já distante.
Encontrarás as raízes para males tao constantes.

Envergonharias-te dos teus atos; pérfidos, maus, pestilentos.
Então, agradece a Deus, esse teu esquecimento.

Calas tuas lamúrias e aprendes onde estás.
Que hoje vive em penúrias. Mas, amanhã livre estarás.

Pague todas as dividas, lave sua consciência na dor.
Pois, não o conseguiste no amor.

Poderás então atingir outros mundos.
Cheios de luz e esplendor.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Pai que eu seja.


Pai que eu seja:

Ponto de paz na vida dos violentos.

Porto tranqüilo para os que estão nas tormentas dos dias.

Lugar de aconchego para os que foram abandonados.

Semente de luz para os que estão nas trevas.

Mão que trabalha em beneficio alheio.

Palavras que confortam os que estão cumulados de tristezas.

Desejos de vitórias aos que tombaram nas lutas contra os vícios.

Força para os fracos de espíritos.

Exemplo de fé para os que em nada crêem.

Testemunhos para ser espelho do Teu amor.

Desdobrado a todos os seus filhos.

Preciso de um Anjo.


Preciso de um anjo que esteja comigo nas horas:
De aflição. De dor. De desespero.
Para que não me perca em lamúrias inúteis.

Preciso de um anjo que esteja comigo nos momentos:
De alegria. Júbilo. Encantamento.
Para que não viva sob o véu da ilusão que serão eternos.

Preciso de um anjo que esteja comigo para:
Ouvir minhas queixas. Escutar meus dissabores. Sentir minhas dores.
E me colocar sob suas asas de consolo.

Preciso de um anjo que se faça presente nos dias:
De glória. De ganhos. De vitória.
Para vibrar com minhas conquistas.

Preciso de um anjo que me ensine:
O caminho certo. A palavra a ser dita. A ação a ser realizada.
Para que eu não erre com meus semelhantes.

Preciso de um anjo para ser:
Meu amigo. Meu mentor. Meu guia.
Para não me perder nos descaminhos.

Mas, eu tenho um anjo, um anjo da guarda.
Presente sublime, voz na minha consciência, amigo insubstituível.
Que nunca me abandona por ser dádiva divina.

Só preciso calar para escutá-lo e ser humilde para segui-lo.
E assim, me encontrar.
E encontrar a paz e o equilíbrio.

domingo, 29 de julho de 2007

Solitários.


Solitários são os que não sabem que nunca estão sós.
São os que pela senda da vida caminham envoltos em seus próprios problemas.
E que esquecem de olhar em volta para ver o outro.

Solitários são os que nunca se preocuparam em buscar amigos.
Que fechados em suas experiências esqueceram de dividi-las com o outro.
E assim perambulam sem companhia.

Solitários todos que permanecem envoltos nas redes do orgulho.
E que pensando só em si não lembram do outro.
E assim permanecem na solidão.

Solitários todos aqueles qeu não aprenderam a dividir.
E continuar a amealhar somente para si esquecendo o outro.
E ricos de bens possuem um coração vazio.

Solitários todos aqueles que não compreenderam a mensagem da Boa Nova.
E permanecem ateados a velhos conceitos de comportamento.
Onde eles são sempre mais importantes.

Serão sempre solitários:
Os cegos de espírito.
Os egoístas.
Os avarentos.

Os que não creram na Boa Nova.
E não colocaram.
As palavras do Nazareno no coração.

Criança abandonada


Se uma criança abandonada nessa vida, nessa estrada.
Cruzar o teu caminho...

Não te esqueças de que poderia ser teu filho.
Ali, sofrendo sozinho.

Mesmos, cheia de chagas, de ódio e de rancor.
Estanca teu medo, teu julgamento, ajuda esse ser em dor.

Lembras que Mestre Jesus veio para os que estão perdidos.
No vendaval da vida, nos ninhos dos malefícios.

Sejas brando com quem sofre a dureza de uma vida
Em resgate ou aprendiz de uma forma tão sofrida.

Podes até pouco fazer se é esse é o destino do ser.
Mas, terá tranqüila consciência do cumprimento do dever.

De que estendeste a mão amiga a uma vida em desespero.
E se ela não a segura não te canses o desempenho.

Pois, na alma desta criança de infância mutilada.
Ficara na memória que um dia, numa esquina, na calçada.

Alguém lhe estendeu a mão, em sorriso e proteção.
E essa será a semente, no coração da alma doente, do amor complacente.






sábado, 28 de julho de 2007

Trabalho


Seja o que fores sejas bom.
Em qualquer tarefa que desempenhes faze-as com perfeição.

Em qualquer lugar que estejas, estejas presente.
Em toda situação mostre-se eficiente.

Em que se preze tua atuação faça-a de bom grado.
Em lugar de se orgulhar do que faz medite se poderia fazer melhor.

Não desista com facilidade perante as dificuldades.
Aninha-se na eficiência que te compete.

Abandonas a preguiça que te enfraquece.
E lembras que o Universo não para sequer um instante.

O trabalho é tarefa dignificante.
Eleva o homem em destreza e inteligência.

Faz com que seja criador de benefícios.
E cria em sua alma a compreensão do sacrifício.

Para criação de uma melhor realidade.
De uma melhor humanidade.

Opção.




Opção.

Sinto a solidão que desfalece.
O peito cansado de sofrer.

A vida que me foge entre os dedos
O medo de me perder.

Sinto a dor que me consome as ilusões da infância.
A falta de amor na vida levou-me a esta estância.

Sei que não vai ser eterno esse meu pesar maldito.
Mas, contudo não me entrego ao olhar meigo e bendito.

De quem ponde me guiar a verdes prados benditos.
Ao amor que nada cobra. Do Mestre de Nazaré.

Que pouco me pede, quase nada.
Só um tanto mais de fé.

Nas suas promessas benditas, nas suas palavras belíssimas.
No seu amor incondicional, no seu reino fraternal.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Renúncias.


Renuncias ao ter orgulho irmão.
Ele é peça que pesa na tua evolução.

Renuncias a tua vaidade desmedida.
Pois ela é tirana enlouquecida.

Renuncias a libertinagem mal cabida.
Porque te levara a dose de dor infinita.

Renuncias ao vício que te impõem
Pois é cilício que te consome.

Renuncias aos teus humores negativos.
Que te fazem viver com cinismo.

Renuncias aos teus falsos valores.
Que te levam aos falsos pudores.

Renuncias aos teus pré-conceitos.
Que geram uma multidão de defeitos.

Renuncias a tua ira.
Que te conduz a penosas lidas.

Renuncias a tudo que não convêm
A um homem digno de ser chamado filho de Deus.

Que tuas palavras.


Que tuas palavras sejam como brisa fresca no verão.
Água bendita que molham as raízes das grandes árvores.
Caminho largo para os viajantes.
Paisagem bela para olhos cansados da aridez da vida.

Que tuas palavras sejam como as estrelas á noite iluminado o céu.
Luzes nas veredas dos que pranteiam as perdas.
Candeia que ilumina os corações.
Luminária de vibrações amorosas.

Que tuas palavras sejam alivio para os necessitados.
Abrigo para os depredados da fé.
Consolo para os que sofrem na agonia da dor.
Repouso para quem labuta pela verdade.

Que tuas palavras sejam sempre orientadas.
Para o bem de todos.
Para a criação de uma humanidade melhor.
Para a inscrição na alma da fé que levanta ânimos.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Almas


Entre flores e espinhos despertam as almas.
Pros prazeres e dores de uma vida.
Ou se anelam em Deus e se acalmam.
Ou se atiram a vida em desalinho.

Serena e altiva é a alma.
Que ao Pai confia sua história.
No entanto, sofre e se amesquinha.
A que em só em si confia.

Não há como fugir de um destino
Quando o fazes no dia-a-dia.
Quando o crias com tuas decisões e cismarias.
Quando o tempera com amor ou antipatias.

A alma entregue a Deus se regozija.
De tudo que com ela ocorre.
A outra sofre, menospreza o Pai bondoso.
E lhe parece que ninguém a socorre.



Aprende enfim, alma endurecida.
Que tudo aquilo que fazes não é nada.
Perante o poder do Pai sobre as estradas
De toda a criatura que d'Ele se originou.

Abaixa a crista e o teu orgulho.
Com sobriedade e sabedoria.
Entrega-te de joelhos ao Teu Deus.
E entregues sentirás alegria.

Assim, não mais terás angústia ou agonia.
E seus caminhos serão plenos de harmonia.
A sua estrada será reta e iluminada.
E tu alma querida terás suas chagas curadas.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sejamos


Sejamos

Sejamos flores e não espinhos.
Perfume e não mau odor.
Caricias e não bofetadas.
Alivio e não dor.

Sejamos caminho, trilha, estrada.
Para todo viajor.
Um aviso na caminhada.
Para evitar a dor.

Sejamos servis, amigos e protetores.
Dos que não podem consigo.
Para ajudar um irmão.
Às vezes pouco é preciso.

Sejamos bons filhos, bons pais, bons companheiros.
Nutramos sempre o bem.
O mal se faz bem ligeiro.
Mesmo sem querer fazê-lo.

Durante nossa estada nessa terra abençoada.
Pelas nossas próprias ações.
Sejamos puros amor em caminhada.
Para florir nosso amanhã.

Pois a cada flor plantada.
De amor, amizade, ternura.
Teremos uma colheita
De paz, luz e brandura.

Exemplo de grandeza


Tome por exemplo

Os grandes homens.
Que assim se tornaram quando elegeram como seu os problemas dos pequenos.

Os grandes rios:
Que assim se tornaram quando receberam em seus braços os pequenos regatos.

O grande oceano;
Que só é grande por abraçar os riachos e rios.

A imensidão do Universo:
Que é formada por cada um dos corpos celestiais.

Assim, nosso espírito cresce em sabedoria, fraternidade, amor e unicidade.

Quando encontramos no outro:

A potencialidade a angelitude.

O próximo de que fala o Cristo Jesus.

A Centelha de Deus.

E o tratamos não como homens.

E sim como irmãos.

Parte de nós mesmos

Unos com o Pai.

Quantas vezes...


Quantas vezes Mãe Maria teus filhos em agonia te rogam comiseração.

Quantos dias em tua eternidade ouves nossos gritos de angústia e ansiedade.

Recolhe nossas preces Mãe entende nossas dores.

Refletes que daqui donde estamos à visão das tormentas traz medo e dissabores.

Mãe divina estende teu manto sobre nós.

Cobre-nos com teu amor e bondade.

Desolados das luzes divinas, afastados da nossa terra espiritual.

Arrastamos em nossas consciências e em nosso dia-a-dia.

Toda miséria que plantamos um dia.

Mãe divina auxilia-nos, aplaca nossa sede de felicidade.

E pela tua excelsa brandura faze-nos ver a luz e a claridade.

Da bondade de Jesus.

Chances


Todo dia é uma chance:

De retomar aos bons hábitos.

De perdoa erros alheios.

De absolver suas própria culpas.

De derrubar preconceitos.

De ampliar seus valores.

De amar sem pudores.

De viver sem rancores.

De aliviar tantas dores.

De esquecer dissabores.

De levar conforto a quem sofre.

De minimizar misérias alheias.

De alimentar bocas famintas.

De ouvir amigos infelizes.

De ajudar parentes distantes.

De levar alegria abundante.

Mais rápido que puder sem demora.

Para ser mão amiga e bondosa.

Que ampara, cura e labora.

Para alivio do sofrimento de quem chora.













terça-feira, 24 de julho de 2007

Jesus amigo

Tenho medo da dor que me bate a porta.
Tenho medo do sofrimento.
Peço-te alivio para minhas chagas.
Peço-te perdão para minhas falhas.

Só hoje compreendo o mecanismo da dor que me apavora.
E mesmo assim, em minha ignorância, ainda caio em minhas provas.
Atenua e abranda as tormentas da minha vida.
Meus ombros são fracos.

Não permitas que eu falhe em meus padecimentos.
Tende piedades de mim Senhor.
Sou frágil ser que em Ti busca ninho.
Seu fado leve e seu julgo brando.

Mas, mesmo assim, temo em meus caminhos.
Que a dor seja tão forte que abata minha alma.
Tenho medo de falhar, tenho medo de sofrer.
Jesus amigo esteja comigo, que eu possa sentir Tua presença.

E nesses momentos de dor
Seja sua mão amiga, seu amor.
Minha coluna de sustentação.
Nessa hora de sofrimento e privação.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Abençoados


Abençoado o pão de cada dia.
Obtido com amor e suor.

Abençoadas as mãos amigas que amparam.
A todos que pela ajuda anseiam.

Abençoados os que caminham pela estrada.
E sem pressa esperam os retardatários.

Abençoados os que oram.
Pela felicidade alheia.

Abençoados os que choram
Pela dor que os rodeiam.

Abençoado os que lutam
Pelas causas justas e difíceis.

Abençoados os que amam
Mesmo quando do outro lado o amor não existe.

Abençoados a todos.
Que acreditam na paz.

Abençoado irmão.
Que a alegria nos traz.

Laços

O destino que nos une é como um laço.
Que pode ser feito de várias maneiras.
Solto ou apertado. Liso ou enfeitado.
Bruto ou delicado. Másculo ou feminino.
Findado com força ou com carinho. Amarrado por nó ou por primor.

Esse é o laço da vida.
Que une um a todos e todos a um.
O que acontece a um fere a todos.
O que ocorrer com todos atingir o um.

A
certeza da corrente que nos une.
Vida após vida, morte após morte.
Está escrita nas argolas da existência.
Na Lei do Retorno e da Reação.

Então, plantemos em nossa senda só luzes.
Amor fraterno e compreensão.
Para que os laços que nos unem a outros laços.
Sejam sem os nós da aflição.

domingo, 22 de julho de 2007

Fique em paz


Fique em paz.

Fique em paz com sua consciência.

Quando não falar do outro na ausência.

Quando não assumir fados que não pode.

Quando não se omitir frente à injustiça.

Quando não se sentir feliz com desgraça alheia.

Quando estiver pronto a perdoa plenamente.

Quando a solidão não te desesperar.

Quando ao outro puder ajudar.

Quando a caridade puder praticar.

Quando a verdade ousar falar sem ofender ou machucar.

Quando a sinceridade for sua bandeira.

Quando o silêncio souber usar.

Quando os erros alheios não mais apontar.

Quando sentir a dor de um estranho.

Quando partir sem remorsos.

Quando agir com discernimento.

Quando for amigo do seu inimigo.

Quando enfim usar de amor para consigo.

E benevolência para com os outros.

A consciência é o livro da vida.

Onde escreves tuas memórias.

Que servirão mais tarde

Na vida após a vida

Para sua derrocada ou sua glória.

Perdão


Perdão.

Concede teu perdão a todos.
Não economize tua comiseração.

Cada dia tem seus acertos e erros.
Cada hora sua recuperação.

Se não perdoares com presteza aos outros.
Como na tua hora exigirás perdão?

Dá aos outros o que para ti desejas.
Pois, assim a lei ensina, meu irmão.

E fazendo-o com certeza.
Em todos te cresce a estima.

Verão em ti a beleza.
Da paz, do amor e da harmonia.

Aquele que não pragueja.
Não traz dor só alegria.

Fado


Fado.

Qual fado levado pelas vidas
Sinto no peito o peso dos meus pecados.
Distantes dos que magoei com meus erros
Sofro sem poder endireitá-los.

Vivo assim, amargurado.
Triste e acabrunhado.
Entre os mundos errantes.
Por falta de coragem.

Não desejo enfrentar minhas provas.
E pela simples misericórdia,
Não o forçam meus confrades.
A enfrentar as dificuldades.

Talvez não esteja pronto nessa hora
Quem sabe mais tarde,
O tempo passa.
E eu assuma a roupagem da romagem.

Peregrinação nessa terra onde expiam
Em provas e romarias
Companheiros de tantas vidas.
Amigos de patifarias.

Baixo os olhos em súplica muda.
Envergonho-me das minhas atitudes.
Primeiro passo para a solicitude.
Para enfrentar o que aí me espera.

Lembro dos algozes, das torturas do Amado.
Mestre Jesus, nazareno idolatrado.
Que sem nenhum deslize sofreu tanto.
E eu com tão pouco, fujo de medo dos meus prantos.

Tomo coragem e peço aos meus mentores
Um corpo novo, uma vida, uma oportunidade.
De entre, angústias, choros, e misérias.
Resgate assim minhas dividas de maldades.

E renovado em atitudes e pensamentos.
Possa retornar ao lar de acolhimento.
Entre as estrelas adornadas de luz.
Para os braços do irmão Jesus.

sábado, 21 de julho de 2007

Insatisfeitos.


Insatisfeitos

Dentro do peito bate um coração.
Que insatisfeito critica a criação.
E que por medo de perda e ilusão.
Pensa quão seria bom uma modificação.

Sem dor, sem mortes, sem doenças.
Sem fome, sem peste, sem ausência.
Sem lutas, sem mágoas, sem demência.

Esquece que nessa terra de passagem.
Exige e cobra a natureza, a todos, força e coragem.
Para cada um crescer em luz e beleza.

Não há semente que não lute contra a terra que a sufoca.
Para se tornam planta e doar frutos.
Até que um dia venha a sua sina à sua hora.

Mas, já lançou ao vento suas sementes.
Os pássaros que em fome picavam seus frutos.
Os insetos que a incomodavam com seus barulhos.
Levaram para longe seus rebentos.

E assim em lugares distante eis que surgem
Centenas de filhas de suas dores.
De todos os incômodos terrestres.
De tanto dos seus dissabores.

Sendo assim, insatisfeitos pensem bem.
Em que mudanças quereis fazer.
Nem tudo que parece bem é bem.
Há coisas que não compreendeis.

E podeis em tua apreciação.
Baseados nas tuas emoções.
Errares teus julgamentos irmão.

Calas


Calas

Calas as tuas lamurias.
Enxuga tuas lágrimas vãs.
A dor que te tortura.
Ho! Criatura é tua filha e irmã.

Fosses tu que a criastes
Com teu orgulho cruel.
Sentido-se acima de todos.
Amargas hoje esse fel.

Serpenteia no teu peito a desfeita,
À vontade de vingança e desforra.
Quando na realidade que enfeitas.
Fosses tu o ponto de discórdia.

Assume teus erros e releva.
A tua própria ignorância.
Da tua alma as trevas.
Da tua vida a ganância.

Enxota da tua existência.
Todos esses maus sentimentos.
Agouros de sofrimentos.
Todos são só desgostos.

Entrega-te a viva e a verdade.
Entrega-te ao amor e caridade.
Vive para servir.
Como O Mestre fez a ti.

Renovarás tua vida.
Sentirás felicidade.
Não há nada melhor no mundo.
Do que a paz e a bondade.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Aviso do além bem humorado.


Amas a vida ligeiro.
Não se esqueça que ela passa.
Breve, rápida, que nem fumaça.

Amas tudo o que tens.
É teu por justo direito.
Desde que não seja alijado.
De nenhum dos teus companheiros.

Cuida bem do teu corpo.
Ele te acompanha em tudo.
Se não fizeres direito.
Sentirá da boca o túmulo.

Não gozes com os quês sofrem.
Mais tarde, pode apostar.
Que o riso que agora desses.
Em lágrimas há de se transformar.

Seja sábio, dócil e atencioso.
E mesmo que não seja formoso.
Atenção ira chamar.
Para um par belo encontrar.

Ame a todos sem distinção.
Todos são os teus irmãos.
Diferentes na embalagem.
Na essência iguais são.

Ri de tudo que puderes.
Cara feia é mau humor.
Aprende com o que acontece.
E não te deixa levar por falso pudor.

Enfim, sejas um homem imperfeito.
Porque ainda assim o és.
Mas, contudo... Dá um capricho

Para que no fim da trilha
E tristeza da tua alma
Não te encontres com o rabicho.

“Quem avisa amigo é”.

Viagens da alma


Se tem no teu peito a saudade.
De um tempo que não te lembras.
De coisas que não vivestes.

Não te acabrunhes com isso.
É tua alma que voa.
Em prados antigos à toa.

E não te convida ainda.
Pra participar das viagens.
Que faz sozinha e tranqüila.

Em busca de antigos amores.
De antigos pendores.
De antigos mentores.

Não te aflijas com que ocorre.
É natural e benéfico que isso se produza.
E tua alma descansa.

Entre os brinquedos da infância.
Em vida que já passou.
Ouvindo o mestre que a ela ensinou.

Por mais


Por mais...

Por mais escura que tinha sido à noite.
Por mais temeroso que tenham sido os raios que caíram do céu.
Por mais estrondosos que tenham sido os trovões entre as nuvens.
Por mais torrencial que tenham sido as chuvas.

Por mais dificultosa que tenha sido a passagem.
Por mais dolorosa que tenha sido a partida.
Por mais triste que tenha sido a noticia.
Por mais injusta que lhe pareça à medida.

Pela dor que dilacerou teu peito.
Pelo amor que te saiu do convívio.
Pela falta do teu amor insubstituível.

Em nova manhã o Sol brilhará.
Em nova estrada estarás.
E novamente hás de o encontrar.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Quem de Ti


Quem de Ti esquece os ensinamentos.
De amor, de paz e discernimento.
De doação, caridade e encantamento.

Quem de Ti esquece os olhos límpidos.
O sorriso aberto e franco.
Os cabelos a moda nazareno.

Quem de Ti ao lembrar tua vida.
Não calou a voz, não entristeceu o canto.
Nem que o fosse por momento.

Quem de Ti não traz uma lembrança.
Uma atitude modificada pela tua herança.
Uma bondade, por Ti, instalada no peito.

E muitos anos se passaram.
E ficaram tuas palavras.
Para serem estudadas.

Contudo, porém, no fundo.
Não vale um vintém esses estudos.
Se por Ti não houver amor.

Pois, esse foi teu maior ensino.
A chave da Tua vida.
O amor em base infinita.

Que se entregassem em seus braços.
Que seguissem sua trilha, os seus passos.
E confiassem na Providência Divina.

Não se iludissem com as ofertas terrenas.
Com a alegria que passa.
Com a ilusão da dor ou da desgraça.

Mas, fitassem as estrelas e o firmamento.
E num furor de sentimentos.
Soubessem que Ele nos guarda e nos aguarda.

Vida e morte

Entre o céu e a terra homens e anjos constituem a humanidade. Convivem constantemente uns com os outros sem muitas vezes se aperceberem disso os encarnados.

Os ditames da Providência divina podem não ser entendidos. Mas, tem uma significação perene e indefectível.

O sentido da vida terrena é a passagem educadora, é o pagamento de débitos, a construção de corpos para habitação de novos espíritos reencarnartes, é a purificação da alma, o fortalecimento dos laços de amizade e amor.

Nada deve prender o homem a vida material, pois a mesma e efêmera, passageira, destrutível.

O que é da terra fica na terra. O que é permanente assume as suas características sutis e ascende a planos sublimes na espiritualidade.

À medida que a alma recobra a sua integridade, a sua consciência, ela se afasta dos desejos terrenos, das fomes da carne.

Sua compreensão do que foi a vida, a encarnação aumenta e seu sofrimento diminui.

Compreende que em algum tempo haverá o reencontro com os que ficaram. Da mesma forma como ela foi recebida pelos que já estavam lá.

Pode haver desespero? Sim. Porém, passageiro. E levará algum tempo para ser diluído. De acordo com a idade do espírito e seu conhecimento da vida espiritual.

Quando se morre nasce para uma outra vida, vida mais plena e bela.

Não se esquece os que partiram, dos que ainda virão.

E os esperam com a certeza da reunião.

Dor.


Dói no peito feito faca enfiada
A saudade de quem me deixou.
Sem aviso, sem cartas, sem nada.
Partiu e me abandonou.

Deixou o vazio, a tristezas e a solidão.
De mim parece nem lembrou.
E aqui estou solitária e sem esperanças.
Enfim, o que me restou?

Passam anos e minha vida.
Jaz oca como uma concha morta.
Se esvai em pranto e dor.
Nenhuma esperança me restou.

Chega enfim, então meu dia.
E de longe o avisto.
Tento em vão apertá-lo em meus braços.
E beija-lhe as faces. Mas, não consigo.

Passei meu tempo em lamurias.
Nada construí para minha alma.
E agora de novo em choro.
Distante dele me encontro.

Joguei fora uma vida em queixumes.
Em saudade e agonia.
E agora tenho que refazer.
Em outra vida as lições perdidas.

Quem sabe então noutro dia.
Quando por fim meu corpo ceder.
Ao tempo, a doença, a morte.
Meu amado filho poderei rever.

A bondade divina é infinita.
E nunca me abandonou.
Nessa nova vida que se inicia.
Ele será meu filho de novo.

E assim, enxugo o pranto.
Derramado tanto tempo em vão.
Por não compreender a Misericórdia Divina.
E ter perdido a fé em Deus, na minha solidão.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Acidente em Congonhas



Acidente em Congonhas.


Ontem houve um grande socorro. Anjos foram chamados para resgates. Pessoas desencarnaram de uma forma violenta e inesperada. O que leva a espiritualidade a se preparar antecipadamente para prestar auxilio as vitimas da tragédia. Todos, todos certamente, receberam ajuda na hora da transição. Existem os auxiliares invisíveis de prontidão nesses momentos tormentosos. A partir do instante em que se inicia o desligamento da alma do corpo físico, esses anjos, zelam pelo ser que lhe foi atribuído como tarefa e como exercício de amor.

Ninguém, ninguém, estava só naquele momento. E nem estará só depois dele.

Que todos nós elevemos uma prece de amparo aos que desencanaram nesse fatídico acidente. Para auxiliar com nossas energias os irmãos que se foram e amparar os que ligados a eles ficaram nesse orbe de provas e expiação.

Lembremo-nos que a carne é passageira. Que a matéria tem um tempo útil. Mas, que o espírito é indestrutível e que viverá plenamente pela eternidade. Como também, que mais cedo ou mais tarde, todos se encontrarão nos planos espirituais.

As dores dos que ficam são profundas, o medo de viver sem a pessoa amada, a tortura de saber como foram os últimos momentos, o pavor que eles sentiram ou se nada sentiram, se foi algo rápido e indolor.

As perguntas se amontoam nos corações dos parentes e dos amigos. O eterno porque?

Não estamos preparados para a partida, seja nossa, seja de outrem, dificilmente pensamos que um dia isso vai acontecer. E quando nos vem à mente tal tema, o sacudimos para fora da nossa cabeça, como algo indesejável e assustador.

Mas, o dia virá. O dia veio para as pessoas do acidente de ontem e virá para todos nós. E para quem parte ou para quem fica dificilmente é um momento onde a resignação se faz presente.

Aqueles que têm alguma fé, que praticam alguma religiosidade ainda encontram o consolo na ressurreição, na reencarnação, no reencontro. Os que vivem só para a vida material entram em colapso total. Crentes que tudo acabou.

A saudade aperta. E será sentida ainda por muitos e muitos anos. Contudo, as Leis Divinas são infalíveis e elas criaram a noção de tempo, e é esse tempo, que vai cicatrizar feridas, aliviar as dores, trazer momentos de esquecimento, rolando a vida para que a criatura que ficou se emaranhe nos acontecimentos diários e consiga com o passar dos anos diminuir a chaga da saudade no peito. Sem nunca esquecer seu ente querido, lembrará dele com menor impacto emocional.


Com meus sentimentos e pensamentos de consolação oro:

“Senhor recebe em teus braços esses irmãos.
Que nessa noite se despediram da nossa Terra.
Que teus anjos velem pela sua partida.
Que teus anjos velem pela sua chegada ao mundo espiritual.
Que eles possam compreender o que se passou.
Que saibam o porque desse acontecimento.
Que reencontre seus entes queridos.
Que se sintam amparados.
E iluminados pela sua Presença.
Assim seja.”

Abençoa Pai.


Abençoa Pai.

Pai abençoa teus filhos que estão nas sarjetas da vida.
Que se consomem em vícios
Que não controlam os seus desejos
Que matam para consumir suas drogas.

Pai abençoa teus filhos
Que se perderam nas estradas da vida
Que não encontraram o amor
Que não acharam a ajuda
Ou que negaram a solicitude de seus irmãos.

Pai abençoa os que assim partirão.
E se encontrarão em umbrais escuros
E gemerão e sofrerão
E pensarão que estão sós.

Pai abençoa esses filhos.
Que na escuridão da própria consciência
Podem ainda ouvir longinquamente tua voz
Podem sentir vagamente sua presença
Podem aperceber-se do teu amor.

E assim pai rogar por ti.
E nessa petição ser auxiliado pelos anjos
Os anjos que atuam nos umbrais terrenos
Recolhendo irmãos adoentados e dementados.

Pai abençoa esses filhos.
E eles serão libertos dos seus próprios erros
E terão suas feridas sanadas.
Seus tormentos cessados

E se purificarão
Numa nova existência
Numa nova encarnação.
Com tua bênção.

Amo

Amo com todo coração as flores dos campos.
As que nascem à toa em qualquer cantinho.
As que têm um forte perfume.
Ou que pouco exalam de si.

Os pássaros no céu.
Que voam livres sem cabrestos.
Que fazem seus ninhos no meu telhado.
E me acordam com os pio finos dos seus filhotes.

Amo a chuva.
A chuva fina que bate na minha janela.
Ou o temporal que sacode as árvores.
Quando me molha no retorno a casa.
Ou caí sem aviso lavando as ruas.

Amo o mar.
Amor a areia amarela da praia.
Suas marolas e suas ondas.
Seu rugido e rumores.
Seu vai e vem incansável.

Amo a terra e seu odor.
Fofa sob os meus pés.
Quente ou gelada.
Seca ou molhada.
Onde afundo meus pés.

Amo o vento.
Frio do inverno que arrepia.
Quente no verão que faz suar.
Cantante no mês de agosto.
Que despenteia meu cabelo.

Amo os bichos todos eles.
Os insetos que beijam as flores.
Os gatos nos telhados.
Os sapos que coaxam.
Os grandes mamíferos e os que nunca vi ou verei.

Mais, difícil amar os homens.
Complicados e egocêntricos.
Maldosos e avarentos.
Violentos e mentirosos.
Frágeis e medrosos.

Tento amá-los.
Não pelo que estão sendo.
Mas pelo que são; criaturas divinas.
Que um dia chegarão à perfeição.
Pelo amor da Luz Divina dentro dos seus corações.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Retorno


Retorno

Um dia voltarás ao lar.
E verás todos os teus atos.
E entre risos e lágrimas.
Saberás avaliar tua vida.
Arrependerás-te de tantos fatos.
E outros tanto te deleitarão.
Serás feliz em tua nova morada.
Onde repousará tua alma.
Já não será importante a vingança,
A mágoa ou a tristeza.
Buscará o bem e amor.
E em todas as tuas atitudes

Buscará Jesus teu irmão
E Deus teu criador.

Justos


Justos são os que não semeiam a discórdia e desunião.

Que não julgam os irmãos.

Que não pranteiam sua própria solidão.

Que em tristeza não choram em vão.

Que lutam pelo pão de cada dia.

Para si e para outros.

Que não se incomodam com as mentiras que dizem a seu respeito.

Que não lançam pragas.

Nem pedem justiça.

Os justos acreditam na Lei divina.

No trabalho abençoado.

Nas dores aliviadas pelo amor.

Nas cores da caridade.

Na mais valia da bondade.

Na eterna amizade.

Entre filhos e Criador.

Mães orem.

Salve terra da esperança.
Terra rica de amores.
Em teus seios tantas flores,
Morrem murchas em horrores.

Os teus filhos estão doentes.
A praga os atingiu.
A fome os oprimiu.
As dores o tangeram ao mal.

Não houve tanto socorro que pudesse estancar,
A dor da humanidade perdida.
E o tear do mal sanar.
Choram mães sem parar.

Salve terra querida.
Berço de tantas bênçãos.
Choram tuas filhas amadas.
Pelas perdas dos filhos ausentes.

Que seguiram alienados.
Em busca que são sempre vãs.
No crak, na mesclar na coca.
Prazer buscaram encontrar.

Perderam o senso.
Perderam o corpo.
Perderam a vida.
Perderam a alma.

Espera-os ainda tantas dores.
Que não adianta narrar.
Oras mãe com fervor para teu filho ajudar.
Da lama dos suicidas sair e na Luz divina se achegar.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O Mundo

O mundo é atração perene.
É colírio para os olhos .
É sorriso para os lábios.
É amor apaixonado.
É vida embriagante.

O mundo é ferida causticante.
É dor dilacerante.
É amargor indefinível.
E estupor dos sentidos .

O mundo agradável jardim.
De flores e colibris.
É poesia em movimento.
É canção levada ao vento.

Falamos de um mesmo mundo?
O que muda tanto então?

A forma como tu vives.
O teu olhar sobre a multidão.
A caridade que exerces.
A entrega a que se dás.

São teus sentimentos internos.
Que te movem para bem.
Que fazem do mundo.
Um inferno ou um céu.
Onde viverás mal ou bem.

Quando


Quando dos sonhos cansarem teus olhos.
E as dores preencherem teu corpo.
Quando da vida dissecarem os amores.
E a solidão ocupar teus dias.

Quando tudo que é lindo murchar feito às flores.
E no jardim do coração não mais nada florir.
Quando as emoções forem fortes e sombrias.
E de silêncio o coração implodir.

Verás que nada sabias do mundo.
O universo te será estranho.
O que conheceste se apagara feito fumaça de fumo.
E teus olhos se tornarão escuros.

E a única porta e saída
Era a que estava sempre lá
Uma doce e amável guarita.
O sagrado coração de Mãe Maria.

domingo, 15 de julho de 2007

A serpente

Serpenteia entre a relva um ofídio.
Em prazeroso banho ao sol.
Em seu caminho uma criança inocente.
Com seus brinquedos se distrai só.

Aproxima-se do animal a criança.
E a cobra se enrola com receio.
Enquanto a menina ri de tal brinquedo.
O coração do réptil dispara de medo.

A mãe grita desesperada.
O pai aflito busca uma pá, uma enxada.
Para dar fim a cobra danosa.

Passa perto um anjo e a cena vê.
E tocado de amor divino
Tende a socorrer.

O pobre ofídio
Que está preste a morrer.
E que por encanto desaparece.
Entre a verde relva e os humanos dela se esquecem.

Procuras paz?


E te indagas do por que não a encontras.
Se tentas com todas as tuas forças vivenciá-las.
Entras nos templos e oras com fervor.
E tua alma sangra sem amor.
E os teus olhos secos não choram mais.
Não te comove o irmão que pede.
Nem aquele que morre na mão do mal feitor.
Não te desesperar a forme de milhões.
Nem tão pouco o roubo dos doutores.
Se a lei não é cumprida não te é da conta.
Se caso isso te aprouver.
E assim sendo entre dores e espinhos.
Mudo ficas se isso te convier.

Irmãos no lixo, na indigência, na penúria total e desesperançada.
Nada, nada, te toca a fibra da alma.
Só aos teus ainda velas
E olhe lá com restrições.
Pois, estás ocupado, com tua própria vida na tentativa de fazê-la bela.
Triste engano meu amigo.
Somos todos um e um.
O que sofre o mendigo te afeta, com tua consciência disso ou não.

Pensa bem e fielmente responde: quem te ataca e aos teus.
Quais as feras que soltas estão, que são homens, mas sem Deus?
São todos aqueles que endividados ainda não aceitam sua cruz
E buscam como tu os prazeres da vida.
Sem se comoverem pelo mal e corrupção que criam.
Assim, entre tu e eles, não há grandes diferenças, no fundo a todos falta amor.
Amor ao próximo
A si mesmo
A Deus
Como Jesus ensinou.

Nao sou o que desejo


Não estendo minhas mãos como posso.
Não oro ao meu Deus com Constância.
Não aplico os ensinamentos do Mestre com sabedoria.
Não me afino com os ditames da consciência como almejo.

Não ataco meus maus pendores com maestria.
Não me dedico à caridade como anseio.
Não sou o que desejo.
Não atendo meu coração no que aspiro.

Assim, navego em calmaria.
Como nau perdida sem ventania.
Sem prumo e sem rumo, sem força e sem leme.

Ho! Deus meu, despertar-me força e valentia.
Para em teu nome e minha alegria.
Encontrar Jesus em minha romaria.

sábado, 14 de julho de 2007

Mãe Divina


Mãe minha

Salve doce mãe!
Senhora de todos as senhoras
Ventre puro e imaculado.
Mãe de Jesus.

Salve minha senhora!
Que percorre os céus com seu séqüito.
A socorrer necessitados.

Salve mãe divina, mãe minha!
Que já ouvistes tantas das minhas orações.
Que atendesses tantos dos meus pedidos.

Salve doçura e amor!
Espargindo pelos planos do espírito
A doce luz da vida.

A alegria do amor incondicional
A realização do bem.
O exemplo da caridade.

Na rua


Na rua

Na rua encontro os amigos e as boas conversas.
Os bares e os chopinhos.
As piadas que me fazem rir.
A fofoca e a maledicência.
O julgamento dos atos dos outros.

Na rua encontro o sexo fácil e casual.
O amor passageiro.
A paixão fulminante.
O gozo instantâneo do mundo.

Na rua esqueço meus problemas.
Minhas dificuldades e minhas impossibilidades.
Posso ser rei ou bandido.
Ninguém realmente se importa.

Na volta da rua encontro a mim mesmo.
Abraçado pela solidão.
Preso ao desespero da vida inútil.
Mutilado pela falta de sentimentos.
Solitário, triste e abatido.

Olho o velho quadro do Cristo na parede.
Empoeirado como meu coração.
Desbotado como minhas aspirações.
Esquecido como eu mesmo.

Em muitos anos o fito como se o fosse pela primeira vez.
E para espanto e encanto ainda encontro nos olhos do Mestre paz.
A paz que procuro no mundo e não encontro.
Esses olhos que parecem falar comigo, que me chamam .
A um mundo tranqüilo e amoroso.
E que me parece perguntar: até quando esquecerás de mim?

Sem o perceber meus olhos marejam.
Meu coração sente-se tocado pelo velho quadro.
Busco um pano úmido e limpo-o.
Como estivesse limpando a minha própria vida, a minha própria alma.

Renovo em esperança, nas palavras que Eles disse: vinde a mim...
Irei senhor. Peço-te, contudo, força para vencer a mim mesmo.
Para caminhar pela rota por ti traçada.
Que requer esforço e vontade.
Ampara-me na minha decisão e acolhe-me em teus braços.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Onde esta a raiz da felicidade?


Na festa infantil ou no trabalho árduo de educar a criança?

No bom salário recebido ao final do mês ou nos esforços para cumprir suas tarefas?

No diploma recebido ao fim do curso ou nos estudos constantes durante a vida?

Na beleza de um corpo definido ou na prática do exercício físico constante?

No amor do companheiro ou na construção de uma vida baseada em amor, fidelidade e abnegação?

Nos amigos que nos socorrem nos momento difíceis ou na construção de uma relação de fidelidade para com eles?

Na saúde perfeita ou nos cuidados com a alimentação?

Nas riquezas que se tem ou no uso que delas se fazem?

No sucesso profissional ou na vontade férrea de cumprir metas?

Na presença constante nos templos ou no coração puro para Deus?

A felicidade tem suas raízes no esforço de cada um.

No fortalecimento da vontade.

No focar o bem maior.

Na busca do aperfeiçoamento interior.

Não nasce como erva daninha em qualquer lugar.

É criação paciente de todos que almejam o bem.

Nas suas mais variadas formas.

Estrada

Irmãos que caminham na estrada da vida.
Lembre-se que a caminhada pode ser longa.
A estrada difícil.
As quedas fáceis.

Em cada encruzilhada estará a te espera uma decisão.
Decide pelo teu melhoramento.
Mesmo que isso lhe pareça no momento inconveniente.
E doloroso.

Não tarde em pensas no teu futuro.
Quando já não estiveres nesta estrada.
E o caminho for outro.
E as cobranças mais profundas.

Pois, cada ato teu.
Este marcado na memória do tempo.
Na tua própria consciência.
No livro da vida.

E tu te lembrarás de tudo nos momentos finais.
E poderás pedir moratória pelos teus erros.
Mas teu tempo terá terminado.
E nada mais há de se fazer.

E carregando o fardo das escolhas egoístas.
Das vontades furteis.
Das mentiras em beneficio próprio.
Iniciarás outra estrada ainda mais penosa.

Penosa pelas tuas próprias escolhas.

Arcanjos.


Nas asas dos ventos que varrem os mundos celestiais.
Estão os arcanjos de luz infinita.
Trabalhando para a construção de novas moradas.
Esperando a vinda de novas vidas, povos e humanidades.
Para povoá-los.

Feitos átomos em gigantescos movimentos.
Imensos seres feitos de amor e luz.
Giram as nebulosas e as fazem eliminar parte de si.
Criando novas casas do Pai.

Serão locais de iniciação.
Iniciação de novas vidas.
Iniciação para os novos espíritos.
Saídos do seio de Deus.

Cantam os arcanjos a música das estrelas.
Co-criam com o Pai o necessário.
Para a vida que brota incessantemente no universo.
Por desejo Dele.

Infinita bondade e amor.
Que não cessar, sequer por um momento, de doar a si mesmo.
Em novas criações.
Em novas vidas.

O espetáculo maravilhoso da criação é interminável.
Não há cansaço, não a falhas.
Somente perfeição e trabalho eterno.
Realizado com amor perfeito.

Incomensurável beleza.
Inacreditável poder.
Inenarrável espetáculo.
Inconcebível a nossa compreensão.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Um guia é um consolo

É um amigo com quem podemos contar.
É alguém que realmente está interessado no nosso bem estar.
No verdadeiro e digno bem estar.
Alguém que nos leva sempre em frente.

Aquele que conhece nossas falhas, nossos erros, nossas mentiras.
E nem por isso nos abandona.
Ele nunca esquece de nos dizer algo que precisamos.
Mesmo quando não gostaríamos de ouvir.

Quando estamos só?
Nunca. Ele sempre está ali, pertinho, esperando uma chance de auxiliar.
Ele nos ama de forma espiritual.
Sem medo ou apego.

Não é egoísta. Deixa que outros falem conosco.
Nos ensinem e nos guiem aonde ele não pode ou não sabe ir.

Sobre a morte.


Por que sofres?
Por acaso não sabes que a morte é a única e verdadeira certeza do homem sobre a terra?
Não a viste já a ocorrer milhões de vezes?
Não assistes teu tele jornais, não lês teus diários jornalísticos.
Não já te despedistes de amigos e parentes?

Não sofras por algo que é imutável.
Todos nós teremos que ir.
Todos nós realizaremos a passagem.
E feliz daqueles que puderam nos acompanhar na jornada terrestre.
Que se tornaram nossos amigos, que nos auxiliaram na caminhada.

Felizes serão todos aqueles que atuaram segundo a lei divina do amor
E estiveram presentes nas horas difíceis da separação do corpo da carne.

Benditos braços que ampararam o último suspiro.
Ouvidos que escutaram os lamentos dos moribundos.
Mãos que aliviaram as dores.

Não sofras.
Acostumai a dizer adeus.
Um dia serás tu.
Que entre os brancos lençóis hospitalares ou quem sabe em local inusitado.
Serás retirada dessa realidade e transportada a uma nova vida.

Compreenderás a tolice dos sofrimentos perante a morte.
Saberás quão inúteis todas as lágrimas e quanto é custoso ouvi-las os que partiam.

Busca teu equilíbrio e ora.
Para que nos últimos momentos possam todos, sem exceção,
Contar com uma prece, um olhar amigo e um desejo de que vão em paz.

Assim seja!

Apesar de...


Porque anseio tanto por Ti?

Por que sinto a Tua falta?

Quando sei que estás sempre presente.

Por que chora minha alma?

E te busca incessantemente?

Por que não te encontro se estás sempre no aqui?



Meu Pai, minha Mãe.

Permiti que mesmo pelas trevas dos meus erros.

Através da poeira incrustada nos meus olhos.

Apesar da dureza do meu coração.

Em meio a minha ignorância.

Eu te perceba.




Como a Luz de todas as coisas.

Como o sopro que anima a vida.

Como bênçãos constantes em minha vida.

Que eu possa te sentir em meu coração.

E Tua presença seja constantemente perceptível.

E eu possa dizer com toda a certeza:

Tu estás aqui!

Abençoados sejam


Abençoados sejam:

Todos que acolhem

Que almejam o bem.

Que lutam por uma vida melhor.

Que são pacientes.

Que buscam justiça.

Que trabalham pela paz.

Que amam a verdade.

Que se conhecem.

Que perdoam.

Que lutam pela igualdade.

Que agem pelos seus ideais.


Abençoados sejam:

Todos que se sentam na soleira da porta para vê um por de Sol.

Que param a caminhada para apreciar o vôo do colibri.

Que se agacham para olhar as pequenas formigas.

Que se encantam com a Lua cheia.

Que se espantam com toda a pressa da vida.

Que esperam pacientemente pela colheita dos atos.

Que se calam e sorriem perante as ofensas.

Que confiam na justiça Divina.

E caminham sem pressa para a morte.

Auxiliares divinos


O amor além da vida continua. Pois, os laços que prendem os seres são indissolúveis.
A teia universal é intrigada traçado divino que une a todos num imenso e glorioso bordado de vidas.

Não se esquece a quem já se foi. Não esquece o que se foi. Dos que ficaram de qualquer um dos lados da vida. Todos continuam juntos.

Mesmo, os que subiram aos pícaros da espiritualidade não olvidam os que permaneceram presos a humanidade. Com seus corpos densos de carne e seus desejos de homens.

Ele vêm através das eras. E através de sua vida e ensinamentos mostram o caminho da ascensão, a estrada da elevação espiritual.

Seja como for os mestres espirituais, os anjos que estão à frente do trono de Deus, as inteligências que criam os mundos sob a ordem divina, tudo fazem em prol dos irmãos menores. Daqueles que nasceram há pouco tempo e que têm uma longa trilha a percorrer.
E que não percorrem sozinhos. Pois, estão sempre acompanhados dos companheiros invisíveis, queiram ou não, acreditem ou não.

O orgulho faz com que muitos pensem que conseguiram tudo só. Que suas conquistas são méritos do seu trabalho e esforço. Esquecendo as oportunidades que surgiram do nada, a sorte que lhe sorriu certo dia, o amigo antigo que desaparecido no tempo lhe ressurge em momento oportuno.

Quanta empáfia dos homens a sentirem-se donos de sua próprias vidas, senhores de seu destino, solitários criadores de caminhos. Esquecidos que nada está sobre o seu controle, tudo pode mudar repentinamente. E eles desolados ficarão sem saber o que fazer.

Felizes daqueles que mesmo tomando suas decisões, criando suas trilhas, cumprindo as suas próprias determinações se entregam a Deus. E Nele confia todos os resultados. Pois, não incorrerão em erros ou enganos no Plano Maior. Poderá parecer aos seus pares que sofrem ou padecem, mas no âmago do seu ser a paz impera. E a Divindade está presente em sua vida endireitando suas veredas e tornando reto os seus caminhos
.